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10 de dez. de 2010

Caminho para lugar nenhum

Pelas ruas cobertas de folhas secas ele andava sob a sua bicicleta sem motivo algum. Pedalava sem pensar na próxima curva, sem imaginar qual seria o outro caminho a tomar. Ele pouco raciocinava.
Tinha apenas um simples desejo. Ser levado e carregado pelo vento, para onde fosse. A rua vazia o encorajava e sem motivo ele ria com o canto sincronizado dos pássaros, gritava com o coração cheio de liberdade e abria os braços para receber toda aquela bênção.
Uma brisa gelada sussurrava em seus ouvidos, as nuvens, estranhamente, o aqueciam e a bicicleta o levava para lugar nenhum.

Era isso que ele desejava.
Um caminho sem escolhas, sem destino final.

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